Preciso do teu colo, mãe!
Da tua humilde sabedoria,
que voltes, não vás embora,
quem tudo sabe, tudo sabia,
consolar-me como outrora
e das palavras fazeres poesia.
Há fogo aqui no inferno!
Desce daí, desse lugar divino,
ou morro eu deste inverno,
para no céu ser teu inquilino
e ter teu colo materno.
Concedendo-me a ousadia,
de a Deus poder falar,
sobre ti lhe diria:
"mande hoje executar,
quem te levou um dia!"
Luis Mateus